O reconhecimento e a gratidão dos pacientes pelos cuidados recebidos foram inúmeros e se estendiam a várias categorias profissionais com quem tiveram contato durante a internação.
"Mas tudo isso eu agradeço pelo bom tratamento aqui de dentro. Eu tenho uma gratidão imensa pelos profissionais que aqui me atenderam. Eu ainda digo mais pra você, eu agradeço muito mais, muito, muito mais mesmo, ao faxineiro, ao auxiliar de enfermagem do que, a enfermeira merece um agradecimento, o médico merece um agradecimento, a coordenação merece um agradecimento. Mas este trio aqui embaixo, esse trio é que tá constantemente contigo, que educação desse trio, a faxineira, a auxiliar de enfermagem, a pessoa que leva você pra fazer os exames, o maqueiro, que maravilhosos, pessoas que te tratam com educação." (José Luiz do SUS)
"Uma coisa que eu senti que fazia muita diferença na internação eram as auxiliares. Elas estavam ali o tempo todo e a gente tinha umas dificuldades, que eu nunca imaginava. Eu não conseguia tomar banho sozinha, não conseguia ir para o banheiro... isso porque a minha cama era encostada na porta do banheiro. Eu não conseguia ir sozinha. Se não fossem as auxiliares, para me ajudar, me levar, me dar banho, trocar minha roupa... essas coisas e também ir tentando: “se você não conseguir, eu trago oxigênio para você”. Elas faziam essas tentativas bastante paulatinas e bastante carinhosas também e fazia muita diferença. Porque lá, eu não tinha nada para fazer praticamente o dia inteiro. Tinha os momentos lá de tomar medicação de manhã e no almoço, mas o resto do dia, eu não tinha nada para fazer. Então elas [auxiliares] conversavam, traziam notícias do mundo lá de fora. Meu quarto também não tinha televisão - estava quebrada e então eu não sabia nada do que estava acontecendo no mundo. Eu também não recebi visita e também não sabia nada que estava acontecendo com a minha família. Elas é que traziam um pouco dessas notícias." (Camila do SUS)
"E aí, veio o segundo momento que foi um momento muito bacana para responder ao que você me perguntou aí no início de novo. Entrou a galera toda no quarto, aí eu já tinha fisioterapeuta, nutricionista, as atendentes são anjos, as auxiliares e tal, alguns médicos e eles falaram se eu continuasse evoluindo daquela maneira que eu iria receber alta do CTI e ir para o quarto. E aí, foi um momento muito bacana. Nessa hora você faz o quê? Você agradece às pessoas. É a única coisa que você pode fazer. Então eu queria te falar isso. Eu agradeci a todos, né? Não tinha como não agradecer. Eu já estava me sentindo vivo de novo. E esse mesmo médico, falou uma coisa para mim muito, muito significativa ele falou assim: “mas nós também temos que te agradecer”. "Po, como assim?". "Nós temos que te agradecer porque, quando você entrou aqui o seu caso foi mais grave que tínhamos no CTI. A gente não tinha noção da coisa ainda, estava tudo começando naquela época, estava começando essa história, entendeu?". Ele me falou que depois vieram outros casos mais graves do que o meu, mas graças ao meu, ele usou uma palavra que eu não me esqueço, “graças às manobras que nós fizemos em você, e que você respondeu muito bem, a gente pode estabelecer um critério para atendimento na maioria dos pacientes e a gente tem que te agradecer também porque você respondeu, nos ajudou”. (Miguel)
"A única coisa que eu gostaria de acrescentar, eu sempre vou falar aonde eu puder, é agradecer por todo mundo que torceu por mim, que rezou comigo que teve aquela corrente do bem, agradecer por minha esposa e minhas filhas, o tratamento excelente por me sentir quase um semideus de tão bem tratado que eu fui. Eu também não esperaria nada diferente dessa minha família. É isso aí, que eu sempre gosto de deixar, a gratidão. Agradecer aos profissionais que trataram de mim e que me trataram de uma forma brilhante. Eu acho que é isso. Eu acho que já tinha comentado, mas é sempre bom reforçar." (Luiz)
“Eu nunca tive uma crise dessas, na minha vida e de repente a gente se vê hospitalizada por conta disso é assustador num meio de uma pandemia, aonde eu vi atendimento mesmo sendo em rede pública, porque todos foram rede pública, foi SUS né que eu passei, muito diferenciados. Fiquei muito assustada, acho que foi a pior parte da minha vida que foi quando eu passei essas 24h nessa emergência, nessa UPA, eu fiquei muito mais muito assustada, eu não posso nem dizer que foi falta de atendimento, talvez a própria carência de profissionais, mas eu me senti ali realmente que foi o pior momento da minha vida, quando eu cheguei no gripário talvez eu dei uma grande sorte que esse gripário não estava cheio, tinham pouquíssimas pessoas nesse gripário, pacientes, então eu realmente eu tive uma atenção, um cuidado maior, a família pode estar mais próxima e aí depois no Couto Maia aonde finalmente o familiar não pode ter acesso mais tinha toda uma assistência bem humanizada mesmo, foi surreal. O tratamento do Couto Maia, foi surreal, recebia sempre mensagem da família, de amigos, isso realmente é uma ajuda muito grande pra quem está se restabelecendo, né, de alguma doença.” (Soraia do SUS)
"Eu sou muito grato, muito grato, só eu sei como eu sou grato. Aqui é o Fundão, a equipe médica, por mais que isso aqui seja um Hospital Federal Público mas o atendimento é muito humanizado, muito humanizado. Cara, os médicos, enfermeiros, o pessoal da limpeza. Não é só o médico em si, é toda uma equipe, todos, todos, todos foram maravilhosos. Eu não tenho palavras para descrever. E assim não me recordo quem foi o médico, não sei mais quem foi, só se ele lembrar de mim, mas se eu tivesse a oportunidade eu queria muito agradecer às pessoas que cuidaram de mim e as pessoas que puderam auxiliar nesse momento tão difícil da minha vida. E para quem ainda não tomou a vacina, para quem acha que é brincadeira, para quem acha que é apenas um resfriado ou algo do tipo. Não, gente, levou milhões e milhões de vidas, destruiu sonhos e acabou com a vida de muitas e muitas pessoas. Então, quem puder tenta se prevenir e tenta realmente combater essa doença, porque ela quase derrubou a minha vida. Mas graças a Deus eu fui vitorioso e estou aqui para contar essa história." (Michael Douglas do SUS)
Os pacientes revelam em suas falas que reconheciam ter sido bem cuidados durante a internação. Além da gratidão pelos cuidados, a valorização da qualidade humana nesses serviços também foi apontado por muitos pacientes.
"Eu tive assim, uma coisa que eu acho que ajudou bastante foi o tratamento que eu tive, o carinho que eu tive na própria clínica, com os enfermeiros, médicos, os técnicos, fisioterapeutas, todo mundo, o pessoal acho que ali o pessoal foi muito bom. Eu agradeci muito quando eu saí, quando eu tive alta. Foi o que eu falei para eles, vocês são profissionais, vocês têm por obrigação trabalhar bem, mas como o carinho que vocês dispensaram foi muito grande, me ajudou muito. Estou muito feliz e agradeci bastante a eles, porque não basta ser profissional, se não tiver um carinho e aconchegozinho, você acaba se sentindo meio, sei lá, jogado." (Luiz)
"Então assim, eu passei todos esses dias assim então eu nunca tinha internado em um UTI pra mim foi bem impactante no sentido de eu nunca tinha passado por isso, então da pessoa te dar um banho, de usar fralda, de fazer as necessidades em cima da cama, e aí nesse sentido acho que eu fui muito bem assessorado na UTI, diversos terapeutas explicaram muito bem o que eu tava passando e as enfermeiras também, toda a paciência do mundo assim, é constrangedor, falaram “você tá aqui pra isso, lógico que isso não vai ter conforto mas a gente vai tentar amenizar o máximo possível esse desconforto que você tá tendo", nesse sentido assim e foi bem legal." (Márcio)
"Fui muito bem tratada graça a Deus, fui muito bem tratada e fui buscada em casa na verdade, era para eu ter morrido porque a velocidade que foi a doença que propagou em mim foi tão grande que em uma situação normal talvez na sexta feira era para eu ter morrido, não ia dar tempo de chegar até o hospital. Então, eu dei muita sorte de encontrar pessoas preocupada com a vida, batalhando para que as pessoas tivessem saúde. Então, eu sou uma pessoa privilegiada, eu sei disso. Eu sei que Deus esteve comigo antes mesmo de saber que eu tava com covid, porque isso não é não acontece sempre porque é uma coisa muito raro infelizmente, mas, eu acho que foi um carinho muito grande fui tratada com muito carinho." (Maria Verônica)
"Eu costumo dizer o seguinte: eu sou um sobrevivente da COVID. Eu tive uma COVID grave, fiquei internado em UTI, tive 75% do pulmão comprometido e eu fiquei em ventilação mecânica não invasiva, porque o cateter de alto fluxo não é invasivo, mas é uma ventilação e com o risco de ir para tubo. Então eu bati na trave e voltei. É uma experiência de uma certa forma angustiante, mas foi necessária porque ela foi libertadora para mim. Foi importante fazer isso, e só foi possível porque dentro da UTI eu tive esse atendimento humanizado." (Eduardo)
"Teve uma enfermeira que fez comigo, que eu achei bem bacana: ela me acompanhou até o final e ela foi assim: super... E ela não falou nada, ela só falou: "olha, estou aqui com você, vai passar, você vai ver". E isso foi suficiente para me acolher. E no dia que ela não estava de plantão, eu senti falta dela porque o meu vínculo foi com ela ali. Interessante isso. E, assim, dar valor às mínimas coisas." (Glauciane)
"Foi fácil o processo, entendeu? As pessoas que me atenderam lá, a equipe de todo o hospital do Fundão para mim estão de parabéns. Eles têm uma visão diferente sobre a medicina brasileira. Eu morei muitos anos fora do país. É um pouco diferente lá o trato. E aí tive nova visão sobre a medicina brasileira. Porque sim, existem pessoas que fazem por amor, principalmente aqui dentro. É um local que não, eu acho que é o Hospital do Fundão, não pode fechar, acho não, tenho certeza, não pode fechar." (Fabrício Queiroz do SUS)
"Eu quero dizer que esse hospital aqui, eu sempre tive uma admiração por ser universitário, por formar médicos, enfermeiros, vários profissionais. E devido a isso tudo, eu fiquei mais próximo dele. Sou muito agradecido ao tratamento que eu tive aqui, que eu vejo que eles passam. Minha esposa sempre foi tratada aqui, vai por várias especialidades, ela operou aqui inclusive. Eu sempre vou reverenciar esse Hospital aqui pelo cuidado que teve não só comigo, - porque eu tenho certeza - com todos os pacientes que eles têm. Esse tempo todinho eu gostei muito, fizeram um belo trabalho na pandemia, de excelência. Porque às vezes: “ah, minha filha tá no hospital, parente no hospital particular”, mas quer ter informação e não tem. Aqui, na pandemia, minha esposa tinha informação diariamente, tinha contato direto. Tanto que eu podia reclamar com ela: “Amor, minha água acabou na enfermaria.” Aí ela ligava direto, ela ligava e rapidinho… daqui a pouco vem a enfermeira cheia de água: “O quê? Está faltando água? Que que houve? Quando for assim grita pra gente.” Mas assim, é uma coisa bem…" (Ademir do SUS)
Por conta das restrições e dos cuidados impostos pela paramentação no manejo dos pacientes, muitos cuidadores se mantiveram anônimos, mas a gratidão e o reconhecimento dos pacientes pela qualidade humana dos serviços por eles prestados foram relatadas.
"E eu lembro que ela chegou e eu falei assim: “já está acabando seu plantão, você me salvou de madrugada”. Aí ela, “é, vou embora, já estou aqui há 24 horas.” “Você tem motivo para voltar?” Ela falou: “eu tenho, olha aqui no meu celular”, mostrou a menina que ela adotou. “Poxa, que legal”. E ela toda orgulhosa. “Que criança linda. Parabéns!” E aí começou o processo, esses anjos invisíveis de máscara que você não sabe quem é quem. Eu chorei quando pisei no chão, depois de seis dias, eu pisei pela primeira vez no chão. Eu chorei quando eu consegui evacuar numa cadeira. Quem sabe assim, se você sair da cama e evacuar numa cadeira? Quando eu tomei banho no décimo dia que a água caiu assim, cara, eu falei: “estou tomando banho! Obrigado, Deus!” Muito louco! E aí foi. Começou o processo de melhora e todo dia era VNI, uma hora, duas horas. E aí os anjos da guarda... eu trabalho com comunicação, eu fiz vários vídeos sobre isso. Eu falo sobre isso em palestras. A galera chora, quando está ali na VNI, de barriga para baixo, descrente do mundo, chega uma alma que você não sabe quem é você, você não vê o rosto de ninguém e vem alguém encosta em você e fala assim: “eu estou aqui tá, faltam dez minutos para tirar a máscara”, é Deus falando no teu ouvido." (Augusto)
Nas narrativas, houve alusões aos profissionais como verdadeiros heróis que mereciam ser condecorados com medalhas por sua extrema e incansável dedicação. A valentia desses profissionais ao enfrentarem o vírus sob o risco de serem contaminados foi admirada pelos pacientes.
"muito obrigada", piscando assim com luzes com neon, não tenho o que falar, muito obrigada mesmo. Essas pessoas são heróis e heroínas no dia-dia que muitas vezes passam despercebidas. A gente nem presta atenção para essas pessoas, mas essas pessoas são gigantes, gigantes. Hoje de forma mais tranquila porque elas têm a proteção vacinal, mas lá atrás março, abril, maio, mesmo novembro, quando eu peguei, o conhecimento da doença era bom mas não tinha vacina, não tinha o que fazer, e as pessoas entravam no meu quarto, tinha que fazer coleta de sangue pra fazer aplicação do anticoagulante, para fazer fisioterapia respiratória que a pessoa fica pertinho de você e aperta seu peito, e aquele monte de ar e a pessoa tá aqui do lado e não tinha vacina mas tinha pff2, então tá bem." (Marcial)
"Meu Deus do céu, a equipe médica, todos da área de saúde, eu ficava pensando: “gente, vocês não têm medo de se contaminar? Eu estou com vírus”, e me tratando com tanto carinho; e eu fiz questão, eles falaram que não precisavam mas eu fiz questão, enquanto tava no hospital, quando entrava um enfermeiro, eu colocava máscara, eu pedi para deixar as máscaras limpas porque eu achava um risco muito grande, eles falavam 'não, o doente não precisa usar máscara'." (Margareth)
"Eu admiro muito essas pessoas porque elas colocam a vida delas em risco. É engraçado, como a gente tá lá, a gente fica sem máscara, está hospitalizado, fica todo mundo de máscara, todo muito protegido e você que tá doente, você tá sem máscara, então essas pessoas estão correndo risco colocando a vida delas em risco e são extremamente carinhosas, né? Eu jamais conseguiria viver uma rotina daquelas de tanta pressão, de tanto sofrimento, de algumas conquistas que a gente sabe que tem, umas que melhoram outras que não melhoram e enfim, pessoas que estão no CTI, todos os barulhos que você possa imaginar, pessoas morrendo, outras gemendo, outras gritando. Tinha um que tava do meu lado: “eu vou pedir um uber, eu quero ir embora, não sei o que”, cada um com suas loucuras, essas pessoas são muito fortes. Então assim, eu admiro muito elas, agradeço a todos que me atenderam e que não me atenderam porque é muito importante o trabalho que elas desempenham. E aí, eu tenho um enfermeiro que me atendeu no CTI que não era da minha equipe pessoal que hoje se tornou um amigo meu, eu falo com ele. Engraçado no meu último dia de CTI, essa pessoa estava passando por um problema familiar, e aí eu fiquei conversando com ele, mais ou menos uma hora e meia, e conversando com ele lá, aconselhando ele na verdade, eu tava ruim lá mas tava aconselhando e ele acabou ficando meu amigo, uma pessoa mais velha mas a gente sempre se fala pelo whatsapp. Eu acho muito importante essa troca, porque o cara que tá ali é um doente, um paciente, tem a dificuldade dele e quem tá lá do outro lado também, tem familiares em casa, também tá assumindo um risco para você melhorar. Então, não tem como agradecer o trabalho que essas pessoas fazem, entendeu?" (Wellington)
"Maravilhosos, maravilhosos, Vitória, só tenho que elogiar, maior boa vontade, super receptivos. Eu acho que eu fiquei no auge do covid, eu fiquei na área do covid também, então eles estavam completamente treinados há dois anos, quase um ano e meio em função disso, então eu senti assim, muito positivos também. Eu só olhava pra eles "bati tanta palma na janela pra vocês, eu nunca imaginei que eu ia tá aqui dentro". "São heróis", falei o tempo inteiro, rezava toda noite por eles." (Isabel)
“Então assim, tem histórias desse tipo, mas eu não tive assim de chegar e contar, um dos médicos. Que era um garoto, outra coisa que eu muito admirava, eram meninos praticamente sabe? Meninos assim, a gente diz meninos porque eram médicos recém-formados muito profissionais e eu sentia muito orgulho da Universidade Brasileira quando eu via aqueles meninos salvando vidas, muito comprometidos, muito comprometidos. Então o que eu vi foi isso, comprometimento é certas coisas inaceitáveis como você dizer sem saber quem era pra uma filha do como fizeram comigo mas no geral o que eu tenho a dizer era que eram pessoas muito comprometidas e garotas assim comprometidas com a vida. Salvaram muitas vidas. Também houve equiparação dos profissionais de saúde a anjos, encarregados de seus cuidados a mando de Deus. Muitos pacientes expressaram sua gratidão conjuntamente a Deus e à equipe de profissionais, acreditando numa força divina simultânea ao tratamento.” (Gilson)
"Sou muito agradecida a Deus e aos profissionais que cuidaram de mim, os médicos, enfermeiros, técnicos, todo mundo, né, que tiveram cuidado comigo." (Maristela do SUS)
"Então assim, as pessoas são muito carinhosas, tanto comigo como paciente e como acompanhante do meu pai, eles sempre foram muito fofos com a gente. Eu brinco com eles que eles humanizaram a dor, porque por muitas vezes a gente chorou abraçado com eles, eu sei que eu não podia abraçar mas eu abraçava porque estava em desespero, estava no pânico e assim, quando eu tava na semi-intensiva, eles não tinham muito contato comigo porque eu estava no isolamento, então assim, eu não poderia fazer essa troca, mas foi assim, as meninas da limpeza botavam um bilhetinho para mim no banheiro, aí eu descia para fazer uma tomografia quando eu voltava a cama estava arrumada. Aí tinha um coração com a toalha. Aí as enfermeiras, eu ia tomar banho elas desenhavam no espelho um coração, tipo botava “Deus em primeiro lugar”, “a vitória foi decretada”, tipo naqueles quadros, tipo de informação dos pacientes, eles botavam, “vai dar tudo certo”, “sua família tá te esperando”. Em relação à equipe, na verdade, eu não tenho o que falar do hospital em si." (Juliana)
"Então né, tudo foi muito difícil, mas graças a Deus mais uma vez venceram por mim né, eu sempre digo que eu não venci a covid, essa história de que eu venci a covid isso não é verdade venceram a covid por mim porque eu tava ali entregue não era nada, eu era um zero à esquerda, e foram muito empenho dos médicos, do hospital, da enfermagem, da minha psicóloga, do meu psiquiatra, da minha amiga que cuidou de mim o tempo inteiro, foram essas pessoas que venceram a covid eu fui instrumento, tava ali a disposição deles para essa batalha que eles travaram isso é o que eu penso." (Maria Verônica)
"E ali eu fiquei assim… não andava devido o tempo que passei na cama e também a coordenação motora que eu não tinha. Às enfermeiras que perguntavam: "Vânia, quer ajuda?". Aí eu falei: "Quero, quero sim". Elas me ajudavam e eu fiz fisioterapia também. Fui muito bem tratada aqui. Agradeço muito a Deus e agradeço a equipe médica. Só que a traqueostomia [tem dificuldade de pronunciar a palavra], não sei o que era que estava me dando uma crise de tosse e eu tossia muito. Por isso precisava fazer um tipo de bombeamento para passar, mas mesmo assim logo em seguida voltava. Mas fora isso, eu fui super bem tratada aqui." (Vânia do SUS)
"Quem cuida? [bate palmas] Agradecer. A Deus, por ter colocado vocês na minha vida e vocês são profissionais maravilhosos na minha vida, que são. O ser humano precisa muito de vocês. Só tenho a dizer para vocês: Parabéns! [palmas] Muito, muito parabéns! Vocês estão de parabéns. Se não fosse vocês muitos, muitos não estariam aqui. Nem eu mesmo para vir falando para as minhas amigas aqui nesta entrevista. Parabéns mesmo. Só tenho que agradecer a todos vocês que tiveram um copinho de água pelo menos lá, para tomar um remedinho. A todos vocês, de coração, muito obrigado por tudo. [...] É Gratidão, a palavra é gratidão. Muito obrigado, Muito obrigado mesmo! Por você existir e estar ali fazendo parte da minha vida naquele momento tão triste e difícil. Obrigado a todos, enfermagem." (Nelson do SUS)