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Os profissionais de saúde procuraram tranquilizar os pacientes reforçando a necessidade de autocuidado e isolamento para proteger outras pessoas.
“Ficar calmo. Eu acho que a primeira coisa é você não entrar em pânico. [...] Eu acho que é calma e ter fé que tudo vai dar certo." (ACS Rebeka)
"Então, na Rocinha é complicado, porque o Covid tem que ter isolamento, então como você vai fazer um isolamento num quadrado que moram, sei lá, cinco, seis pessoas em um banheiro? Então é assim, é orientar do que é possível naquela situação, usar máscara, higienizar as mãos, deixar a casa bem ventilada. (ACS Leticia)
“Eu orientaria e daria essa tranquilidade, digamos assim, e daria o apoio, e orientaria essa questão muito importante que eu acho que, por mais que hoje a gente já vivencie algo diferente, mas é sempre importante a gente pensar no outro, entendendo que um teste positivo é, na medida do possível, se cuidar, fazer repouso, pensar no outro no sentido do contato e tentar interromper de alguma forma esse modo transmissão". (MFC Amanda Barbosa)
“Eu acho que é isso. Você positivou, tem que afastar. Você tem que ter um olhar melhor em relação ao uso da máscara, em relação a higienização das mãos, senão não adianta de nada, você ter ido lá testar e ver que está positivo. Eu acho que é isso." (ENF Bruna Saldanha)
A confiança nos profissionais de saúde e a comunicação constante são pontos-chave para uma recuperação bem-sucedida. Os profissionais destacam a importância do não uso de medicações não aprovadas ou a automedicação.
"Primeira coisa, mantenha a calma. Eu acho que a calma no momento que a gente tem o COVID é primordial, se a gente entrar em desespero [...] a sensação é de que parece que eu vou morrer. [...] Então, primeiro conselho que eu dou: mantenha a calma e confia no profissional que está te atendendo." (ACS Anderson)
“Eu acho que assim, valeu muito a pena essas atividades, como eu te falei, da sala de espera, as orientações, fora as nossas conversas pelo zap, com os pacientes, então assim, eu acho que hoje em dia eles estão muito mais atentos a se prevenir, para não estar passando o Covid para outras pessoas." (ACS Letícia)
"Minha orientação seria para a pessoa [...] confiar no profissional que está orientando, seja médico ou enfermeiro. Aconselharia muito isso, seguir as orientações daquele profissional que está ali te atendendo. E que faça sim, repouso, procure se alimentar, que não faça principalmente o uso de medicações por conta própria ou por medicações que não foram aprovadas ou recomendados pelo médico que atendeu no nosso serviço. Orientaria principalmente isso, não fazer o uso de medicações não recomenda ou auto-medicação também. (ENF Leônidas)
“Primeiro, orientar sobre sinais de alarme. Falar sobre a doença, que é um quadro gripal, explicar bonitinho a doença, explicar formas de contaminação, perguntar se mora com outras pessoas, falar sobre o uso da máscara adequada, mesmo dentro de casa, com essas outras pessoas, deixar o ambiente ventilado, perguntar da vacina, como está a situação vacinal, se não se vacinou, orientar quem se vacine depois da melhora do quadro. Tem até lugares que falam de afastamento do trabalho, dependendo de quanto tempo começaram os sintomas, mas aí até uns sete dias, cinco, mas eu ainda acredito nos sete dias desde o início dos sintomas. Em relação à higiene das mãos. [...] Falar que cloroquina não funciona pra isso, ivermectina não funciona pra isso, por favor.” (MFC Clara Antunes)
Os profissionais também deram ênfase no monitoramento dos sinais e sintomas, bem como no conhecimento da rede, para facilitar a procura do sistema de saúde, destacando a atenção primária.
“Eu diria para ele ter calma. Tranquilidade. Que é uma doença que pode se tornar grave, se ele não se precaver, se ele não tomar as medicações adequadamente, se ele não fizer o isolamento e não monitorar os sinais e sintomas que tiver apresentando. Porque isso também é muito importante. Às vezes a gente vê que o paciente, ele não fica monitorando, temperatura, respiração. Acha que é normal, só uma tosse e quando você vê o quadro dele acaba se agravando por isso.” (ENF Maria Aparecida)
“Eu acho que talvez um conselho que eu daria a pessoa com COVID assim, usuário do sistema de saúde, saber qual a sua Clínica, saber como é que você tem acesso a ela, como é que você tem acesso ao sistema, ao atendimento... como procurar, quando procurar. [...] Então eu acho que a atenção primária para muitas pessoas foi, é a parte do sistema que era menos aterrorizante. Você consegue ter um pouco mais de tranquilidade para conversar com o médico, algum tipo de orientação, consegue ver se tá tudo bem.” (MFC Átila Mourão)
“Eu daria o conselho de seguir as orientações durante esse período, se hidratar bastante. Também aconselho a esperar esse período de isolamento, tanto proteger os outros como a si próprio. E se não tomou a questão da vacina, se não foi imunizado, tome essa atitude, porque a gente vê que por meio da vacinação, por meio da ciência, nós chegamos onde estamos hoje. E essa questão deve continuar. E que a gente não venha retroceder na questão da pandemia." (ACS Thais Almeida)
As pessoas com COVID também precisam de uma rede de apoio de amigos e familiares e, se for o caso, da espiritualidade, que pode ser um suporte importante.
Porque quando a gente está doente de COVID, a gente fica com medo de morrer, principalmente depois que a gente já perdeu alguém. Então, esse amparo que a gente busca, aonde precisar buscar, alguns usam a espiritualidade, outros a amizade, o amor, enfim, são fundamentais nesse momento. Então não deixe de pedir ajuda, de pedir que alguém converse com você, de sinalizar que você precisa de algum tipo de ajuda, [...] se cerque de uma rede de apoio. (ENF Débora)
E creia que a sua vida não depende só disso [atendimento na APS], nós temos algo superior, eu creio, que tá cuidando também da sua vida, e Ele pode até nos usar, que é até um privilégio para a gente, para cuidar de você, mas você não está sozinho nisso. Porque eu acho que um grande problema é que a pessoa se sente só, se sente só, e o isolamento acaba trazendo isso. (MFC Luiz Zanini)
Houve profissionais que falaram do contexto maior com as pessoas adoecidas. Isso se torna mais compreensível considerando a tensão entre o discurso político, especialmente do então Presidente da República, e o discurso científico no nosso país.
"Também diria para essas pessoas lembrarem perfeitamente em quem elas votaram, porque elas votaram. Não é só porque eu perdi alguém que eu amo [mãe], não, porque minha mãe votou no Bolsonaro. [...] A gente quando vota, é preciso entender qual a intenção daquela pessoa no cargo que ela se propõe a ocupar. Então se você tem uma pessoa que tem um determinado discurso que não casa com a ideia que você tem de saúde, de educação, de segurança pública, por que você vai votar nessa pessoa? (ENF Débora)
É interessante destacar as mensagens das entrevistas que foram realizadas após o fim da pandemia, declarado em 5 de maio de 2023 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso levou a uma diversidade maior de comportamentos em relação ao COVID-19, principalmente uma menor preocupação com a transmissão do vírus.
"Acho que, assim, a gente relaxou muito. E a gente testa positivo e a vida que segue é normal. Você não usa uma máscara, você não fica isolado, nada disso. E eu acho que acabou banalizando muito, achando que é normal ter COVID. Acho que o conselho era isso, tipo, você vai pra casa, se você tem uma idosa, se você tem alguém, uma criança, alguma coisa, uma pessoa mais vulnerável, por favor, tente ficar um pouco mais isolada. É claro que tem família tem gente que só mora num cômodo, mas, assim, tentar entender. E se, caramba, não tem vacina, que depois que ele melhorar, ele venha tomar essa vacina! Porque ainda tem gente que não tem!" (ENF Luciana)
“Eu dei esse conselho num dia que eu tava aqui na portaria e a moça falou que não ia tomar vacina porque só tinha a CoronaVac. Falei assim, "cara, não escolha a vacina, escolha a vida." Entendeu? Então, tipo assim, a gente não tá aqui pra escolher vacina, a gente tem que escolher a vida. [...] Tipo assim, a vacina é um marco na área da saúde, é um marco na medicina. Entendeu? Então, o conselho é, tome vacina. Vacine-se. A vacina é prevenção de muitas doenças, até a erradicação de algumas. Algumas doenças que a gente não vê hoje graças à vacina. Então, o conselho é, vai se vacinar.” (ACS Everson)